quarta-feira, 14 de julho de 2010

em um silencio absoluto eu pedi um conselho, e o mundo me susurrou: "nao". eu ja nao sabia o que sentia, o que deveria sentir, ou qualquer tipo de reação que eu teria, sobre qualquer assunto proposto, sobre qualquer imagem suspeita. eu queria ser o centro das atenções, mesmo quando nao existia um publico ao meu redor, eu nao queria ser notada, mesmo com o meu mundo sendo invadido por milhares de visitantes convidados. eu pedi calma, e o mundo me disse: "nao". eu queria estar longe, mas corria pra perto de tudo, eu nao me sentia cansada, eu só conseguia ouvir minha propria respiração ofegante, eu DESEJEI estar por perto, mas meus instintos me levaram pra longe, e mesmo sem saber, estava fraca, e minha respiração nao constava mais. eu pedi ao mundo ajuda, e ele me gritou: "nao". pequenas palavras inconstantes - preferia ter levado tapas na cara, ao ter que ouvi-las- seria tao ruim a realidade? ou dificil demais ouvir verdades? o silencio dentro de mim se tornou um barulho incalculavel, dolorido e irritante. o mundo me engolia, me cospia, e sabia que eu nao fazia bem (...) o mundo nao fazia questao de me aconselhar, de me acalmar, e de me ajudar, mas logo eu percebi que muitas coisas mudaram, as portas estavam se abrindo, os corações se unindo, e o mundo estava me ensinando a viver sozinha, ate que todo aquele barulho infernal parou, ouvi um silencio profundo, onde nem o som das folhas caindo se ouvia, a faca deu um leve beijo no coração.. o dia claro, de janelas abertas, ficou nublado, começou a chover, mas a chuva era muda, e nem mesmo o relampago no ceu escuro se ouvia. eu só conseguia sentir, só conseguia esperar, esperava, fazia algo, continuava a esperar, nao sabia mais se queria algo tao barulhento, ou tao silencioso. com tanta confusão, eu nao sei mais pra quem escrevo, pra quem eu olho, o que eu ouço, a quem eu dedico minhas canções, eu nao sei se o vazio é a sua falta, ou voce me completando pela metade, eu nao sei se o barulho é a sua voz gritando ao meu favor, ou pedindo pra que eu te esqueça de uma vez por todas, eu nao sei o que é ter sentimento, todos se foram pra longe de mim, por isso, eu quero que voce sofra, mas que sofra por mim, nao como eu sofri por voce, mas como eu posso vir a sofrer; ou talvez seja todos os sentimentos em uma explosão ocasional. me ajuda a segurar essa barra que é gostar de voce, mas nao me diga "nao", nao faça como o mundo, nao me deixe aprender sozinha, porque eu aprendi tudo errado, quando ele me ensinava a te esquecer, eu fazia o contrario, me diga, a onde eu aprendo a odiar, pra nao morrer de amor?

6 comentários:

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  2. talvez não tenha muito a ver, mas lembrei daquela frase enquanto lia seu texto Tamara: "nada grita mais alto que o som do silêncio". e o pior é que é verdade. ah! e por mais que me rotulem de louca-desvairada-masoquista ou algo do gênero, não o odeie. se o ama tanto assim, não o odeie. o ódio é tão feio. tão corrosivo. e na maioria das vezes contaminoso. não estou dizendo que deva sofrer por ele. mas não o deve odiar, me entende?
    não sei, talvez eu seja mesmo uma louca-desvairada-masoquista e dê péssimos conselhos (isto é/seria um conselho?)
    enfim Tamara, amei o texto, lindo, cada vez seus textos têm me feito admirar mais e mais!
    grandes beijos <3

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  3. sempre perfeito o modo em que seus pensamentos se transformaram em palavras!!!

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  4. Nossa, bem tocante seu texto, e principalmente a frase final "onde eu aprendo a odiar, pra nao morrer de amor?". Muitas vezes a realidade é tão dificil que procuramos viver nos sonhos, mas um dia temos que voltar pra realidade e a encarar de verdade. Mt lindo.

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  5. Muito legal perfeito o que vc escreveu , adorei o seu blog rs . ;D

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